quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Texto sobre 1º Simpósio de Inclusão Digital no IFTM


O 1º Simpósio De Inclusão Digital realizado pelo IFTM ,  conseguiu levantar a questão não só da Inclusão mas a questão da Exclusão muito mais relacionada ao ‘preparo’ e ao papel do professor diante de excessos quanto ao acesso praticado por alunos e ao abismo ainda presente na falta de acesso em contrapartida da facilidade do aluno ao  usar e ter este acesso.
A Professora Dilma Melo citou durante sua palestra a publicação de um livro (Diversidade Digital), onde dois professores canadenses relatam sobre a pesquisa que fizeram durante levantamento de campo onde houve a participação de várias pessoas inclusive de moradores de rua.
A construção de ‘bridges’, pontes que permitam mediante o uso da tecnologia manter a cultura e conhecer nessa fronteira a realidade do outro.
É visível que os equipamentos do ambiente tornam-se rapidamente obsoletos e diante disso as pessoas passam a trazer o seu próprio equipamento, o que pode levantar questões positivas e também negativas.
Como saber usar a tecnologia? Seria um 2º movimento em termos de pensar Inclusão Digital.
Outra questão seria o ‘ser letrado tecnologicamente’ pois a própria dinâmica (facilidade em comprar diversos aparelhos que permitem o acesso à internet ( computadores, notebooks, netbooks, celulares, tablets, etc) permitem que cada um se inclua como necessita.
Assim como a discussão que implica em pensar na Inclusão como ambiente homogeneizado, segundo Marcelo Buzato ( Unicamp) seria um processo contínuo e conflituoso marcados por diferentes problemáticas , que não se situam nas questões de simplesmente dar o equipamento; não é só ensinar ; não é só desenvolver tecnologia mas, é um PROCESSO TENSO E CONFLITUOSO  onde se acentua a heterogeneidade.
Marcelo Buzato: Eu prefiro o conceito de letramento eletrônico - e não o de alfabetização eletrônica - por entender que não se trata apenas de ensinar a pessoa a codificar e decodificar a escrita, mas de inserir-se em práticas sociais nas quais a escrita tem um papel significativo. Sabemos que pessoas alfabetizadas não são necessariamente pessoas "letradas". Mesmo sabendo "ler e escrever", isto é, codificar e decodificar mensagens escritas, muitas pessoas não aprenderam a construir uma argumentação, redigir um convite formal, interpretar um gráfico, encontrar um livro em um catálogo etc. Esse tipo de conhecimento se constrói na prática social e não na aprendizagem do código por si só.
Tem gente que acha que o problema da exclusão digital se resolve comprando computadores para a população de baixa renda e ensinando as pessoas a utilizarem esse ou aquele software. Isto obviamente é um passo adiante - assim como não se pode "letrar" antes de "alfabetizar". Porém, eu espero que o MEC favoreça ações que tenham um enfoque menos simplista, e que levem em conta que a inclusão implica em práticas sociais em que o computador tem um papel relevante, e que levem as pessoas, aos poucos, e de forma cada vez mais autônoma, a desenvolver aquelas habilidades todas de que falei há pouco”.

Dando seqüência ao simpósio o Diretor Geral Marco Maciel apresentou uma série consecutiva de vídeos que davam ênfase às imagens que mostraram o que podemos chamar de “FUTUROLOGIA”.
Nesta seqüência de vídeos o 1º Futuro Passado – mostrava uma série de imagens tecnológicas (antigas ) como : a máquina de escrever; telefone;
o telegrafo; a caixa registradora; etc
Futuro Presente _ telefones celulares; máquinas secadoras; microondas, computadores de mesa, notebooks, tablets; ipod touch ;máquinas digitais;etc
Futuro do Futuro_ chips no corpo humano; computadores com maior capacidade de armazenamento; células tronco; nanorobótica ;casamento entre humanos e robôs, etc...
Foi bastante interessante prestar atenção na ótima seqüência de imagens e refletir em quão pouco tempo toda esta transformação tecnológica ocorreu, e  constatar que tudo se transforma assim como ocorre na própria cadeia ecológica e que tudo o que fazemos traz conseqüências positivas e negativas..
Foi ótimo!
Autora do texto: Professora Gizele Ricardo do Nascimento.