O
1º Simpósio De Inclusão Digital realizado pelo IFTM , conseguiu levantar a
questão não só da Inclusão mas a questão da Exclusão muito mais relacionada ao ‘preparo’
e ao papel do professor diante de excessos quanto ao acesso praticado por
alunos e ao abismo ainda presente na falta de acesso em contrapartida da
facilidade do aluno ao usar e ter este
acesso.
A
Professora Dilma Melo citou durante
sua palestra a publicação de um livro (Diversidade Digital), onde dois
professores canadenses relatam sobre a pesquisa que fizeram durante
levantamento de campo onde houve a participação de várias pessoas inclusive de
moradores de rua.
A
construção de ‘bridges’, pontes que permitam mediante o uso da tecnologia
manter a cultura e conhecer nessa fronteira a realidade do outro.
É
visível que os equipamentos do ambiente tornam-se rapidamente obsoletos e
diante disso as pessoas passam a trazer o seu próprio equipamento, o que pode
levantar questões positivas e também negativas.
Como
saber usar a tecnologia? Seria um 2º movimento em termos de pensar Inclusão
Digital.
Outra
questão seria o ‘ser letrado tecnologicamente’ pois a própria dinâmica (facilidade
em comprar diversos aparelhos que permitem o acesso à internet ( computadores,
notebooks, netbooks, celulares, tablets, etc) permitem que cada um se inclua
como necessita.
Assim
como a discussão que implica em pensar na Inclusão como ambiente homogeneizado,
segundo Marcelo Buzato ( Unicamp)
seria um processo contínuo e conflituoso marcados por diferentes problemáticas
, que não se situam nas questões de simplesmente dar o equipamento; não é só
ensinar ; não é só desenvolver tecnologia mas, é um PROCESSO TENSO E
CONFLITUOSO onde se acentua a
heterogeneidade.
“
Marcelo Buzato: Eu prefiro o conceito de
letramento eletrônico - e não o de alfabetização eletrônica - por entender que
não se trata apenas de ensinar a pessoa a codificar e decodificar a escrita,
mas de inserir-se em práticas sociais nas quais a escrita tem um papel
significativo. Sabemos que pessoas alfabetizadas não são necessariamente
pessoas "letradas". Mesmo sabendo "ler e escrever", isto é,
codificar e decodificar mensagens escritas, muitas pessoas não aprenderam a
construir uma argumentação, redigir um convite formal, interpretar um gráfico,
encontrar um livro em um catálogo etc. Esse tipo de conhecimento se constrói na
prática social e não na aprendizagem do código por si só.
Tem gente que acha que o problema
da exclusão digital se resolve comprando computadores para a população de baixa
renda e ensinando as pessoas a utilizarem esse ou aquele software. Isto
obviamente é um passo adiante - assim como não se pode "letrar" antes
de "alfabetizar". Porém, eu espero que o MEC favoreça ações que
tenham um enfoque menos simplista, e que levem em conta que a inclusão implica
em práticas sociais em que o computador tem um papel relevante, e que levem as
pessoas, aos poucos, e de forma cada vez mais autônoma, a desenvolver aquelas
habilidades todas de que falei há pouco”.
Dando
seqüência ao simpósio o Diretor Geral
Marco Maciel apresentou uma série consecutiva de vídeos que davam ênfase às
imagens que mostraram o que podemos chamar de “FUTUROLOGIA”.
Nesta
seqüência de vídeos o 1º Futuro Passado – mostrava uma série de imagens
tecnológicas (antigas ) como : a máquina de escrever; telefone;
o
telegrafo; a caixa registradora; etc
2º
Futuro
Presente _ telefones celulares; máquinas secadoras; microondas,
computadores de mesa, notebooks, tablets; ipod touch ;máquinas digitais;etc
3º
Futuro do
Futuro_ chips no corpo humano; computadores com maior capacidade de
armazenamento; células tronco; nanorobótica ;casamento entre humanos e robôs,
etc...
Foi
bastante interessante prestar atenção na ótima seqüência de imagens e refletir
em quão pouco tempo toda esta transformação tecnológica ocorreu, e constatar que tudo se transforma assim como
ocorre na própria cadeia ecológica e que tudo o que fazemos traz conseqüências
positivas e negativas..
Foi
ótimo!
Autora do
texto: Professora Gizele Ricardo do Nascimento.